Regressando a
outros "setembros" é oportuno recordar o 9 de Setembro de 1973 e aí fazer uma ponte para a situação actual do país, aqui através da escrita de
Andrade da Silva, um dos muitos militares de Abril. Diz ele no seu blogue:
"Em 9 Setembro 1973, Gritámos-mos Militares, em Alcáçovas, (estava
lá)- Basta de Guerra e Fascismo! E, de facto, bastava. Hoje, já Basta de
destruição de Portugal, but...
Do vazio, do que não existe, digo:
O que importaria era mudar este sistema politico,
social, cultural e moral com o povo, numa perspectiva civilizacional bem
diferente das actuais.
A mudança só pode ser baseada, na LIBERDADE, DIGNIDADE
HUMANA E DESENVOLVIMENTO, mas...não vai ser possível, antes de mil, um milhão
de anos. O mal não é só das direitas, é também de ninguém, dos instalados, por
aqui e ali, querer mudar nada, e seguirem num caminho de autoritarismo
vertical, e ilusões num só sentido, ou seja, o cultivo dos cemitérios.
Quando os instalados nada querem mudar e outros
50% dos portugueses borrifam-se para tudo e todos, perpetua-se este
sistema e antecipa-se um Futuro Trágico, Fatal. Só gente libertada pode
descobrir os novos caminhos da LIBERDADE, DA JUSTIÇA E DA PAZ.
Se não houver povo libertado, não haverá mudança
e os monstros fanáticos e extremistas, continuarão a governar o
Mundo, ponto.
O resto é mesmo: ou treta ou fanatismo,
ilusório.
andrade da silva "
Ainda no registo do 25 de Abril, dos seus 40 anos
e dos contributos para a sua melhor compreensão, merece referência, neste
Setembro, o lançamento do livro “A Revolução de Abril – Praças da Armada”,
um livro “dedicado às Praças, Sargentos e Oficiais da Armada e a
todos os Militares em geral que lutaram por um Portugal económico, social e
culturalmente desenvolvido. A todos os que continuam a lutar pela dignidade
humana e por Abril.
Esta publicação edita também, em primeira mão, os
principais documentos do 2º Grande Plenário Geral das Praças das Armada, cerca
de 40 anos depois dos principais acontecimentos, cuja compilação tem a
coordenação dos próprios protagonistas da CDAP.”