segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

40 anos do Poder Local eleito:1976-2016

Cumprem-se hoje quarenta anos sobre a realização das primeiras eleições autárquicas pós 25 de Abril de 1974. 
Passados 40 anos da instituição do Poder Local democrático em Portugal continua o caminho desafiante da capacidade coletiva das populações de resolverem os seus problemas. Mas é também o tempo de olhar o imenso trabalho feito, de rever o presente e projetar os caminhos inspirados do futuro.
Em boa verdade o Poder Local democrático trouxe à grande maioria das terras e lugares as estradas, a eletricidade, o abastecimento de água, o saneamento básico, mas também equipamentos sociais, culturais e desportivos indispensáveis ao desenvolvimento essencial das comunidades e territórios. Contudo estas obras não conseguiram fixar populações no interior de Portugal, criando os empregos sustentáveis e duradouros necessários a uma distribuição mais equilibrada da população no todo nacional.

Por isso os desafios continuam: aprofundar os mecanismos da democracia local e governança (perceber as novas realidades de participação democrática dos cidadãos na vida da sua comunidade), perceber a realidade das freguesias, dignificar o papel dos eleitos locais, mas igualmente dos funcionários da administração local, exigindo destes, naturalmente, maior rigor e transparência das suas decisões. Não menos importante é o desafio de perceber que hoje existe uma realidade de competitividade dos próprios territórios (Municípios/cidades) e que essa competitividade impõe necessariamente uma especialização destes, por um lado, aproveitando as suas forças e oportunidades e deixando de lado aspetos menos diferenciadores. Se envolvermos estes aspetos sublinhados anteriormente chegaremos facilmente à conclusão que a competitividade dos territórios também se manifesta no apoio ao investimento, no relacionamento da administração autárquica com os cidadãos, nas taxas e impostos pagos ou na qualidade ambiental e que a exigência para com as autarquias locais é cada vez mais a de oferecerem qualidade de vida aos seus cidadãos bem para lá dos serviços básicos que foram criando ao longo dos últimos 40 anos e que as infraestruturas ligadas à saúde, ao ensino, ao lazer, ao desenvolvimento económico e à inovação assumem uma importância absolutamente crucial na fixação da população no território.
Por isso o caminho tem que continuar, assumindo novos rumos e qualidades!

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