«A imagem que ficou na
memória dos portugueses sobre a intentona tentada pelo Regimento de Infantaria
N. º 5 das Caldas da Rainha no dia 16 de Março de 1974 foi a de uma coluna
militar que ficou parada às portas de Lisboa. Ilustrava perfeitamente o golpe
militar frustrado, que só teria o seu epílogo a 25 de Abril, e que logo deu
origem a uma anedota bastante popular. A de que os camiões com 200 militares
que iriam ocupar o Aeroporto de Lisboa teriam parado às portas de Lisboa porque
o então presidente da República, Américo Tomás, ameaçou que o primeiro a chegar
à capital seria obrigado a casar com a sua filha. (...)
A anteceder o 16 de Março
tinham- se verificado mais dois factos políticos que fizeram o presidente do
Conselho hesitar: a 22 de fevereiro dera- se o lançamento do livro Portugal e o
Futuro, do general Spínola, que defendia uma solução política e não militar
para a guerra no Ultramar; a 14 de março, o Governo demitira os generais
Spínola e Costa Gomes dos cargos de chefe e vice- chefe de Estado-Maior General
das Forças Armadas, devido à ausência no evento em que as chefias militares se
solidarizavam com Caetano, numa cerimónia definida como representativa da
“Brigada do reumático”.
A demissão dos dois generais espoletou a Intentona das Caldas e criou esse acto militar falhado.»
A demissão dos dois generais espoletou a Intentona das Caldas e criou esse acto militar falhado.»
Dias depois, o "padrinho" explicava-se assim:
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