quarta-feira, 12 de agosto de 2015

e a 12 de Agosto, um discurso que nos dói...e a glória

A 12 de Agosto de 1963, pouco tempo depois do Conselho de Segurança ter condenado a política colonial portuguesa, o ditador fascista A. Salazar fazia um discurso aos microfones da RTP e Emissora Nacional que ficou célebre (tristemente, diria!).  
Vejamos então um pequeno excerto do discurso, bem ilustrativo:  
"Sem hesitações, sem queixumes, naturalmente como quem vive a vida, os homens marcham para climas inóspitos e terras distantes a cumprir o seu dever. O Dever que lhes é ditado pelo coração e pelo fim da Fé e Patriotismo que os ilumina. Diante desta missão, eu entendo mesmo que não se devem chorar os mortos. Melhor: Nós havemos de chorar os mortos se os vivos os não merecerem."
Será que a esmagadora maioria dos portugueses sentiam verdadeiramente estas palavras? pelo que sabemos, definitivamente não. Mas passados mais de cinquenta anos, e para os menos atentos, é preciso afirmar que este legado continua por aí; desaparecido a 25 de Abril de 1974, mas por muito pouco tempo, ressurgiu rapidamente, primeiro com "passinhas" mansas embora bem assertivas (lembram-se! faz agora 40 anos já fazia das boas aproveitando as hesitações e boas vontades de alguns) e agora já em todo o seu esplendor, com “passos” bem largos. A não esquecer!
Num outro plano oposto, a 12 de Agosto de 1984, Carlos Lopes daria a Portugal a 1.ª Medalha de Ouro em Jogos Olímpicos, aqui evocada através da reportagem da SIC em 2009. Simplesmente memorável!

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