A 12 de
Agosto de 1963, pouco tempo depois do Conselho de Segurança ter condenado a política
colonial portuguesa, o ditador fascista A. Salazar fazia um discurso aos
microfones da RTP e Emissora Nacional que ficou célebre (tristemente, diria!).
Vejamos
então um pequeno excerto do discurso, bem ilustrativo:
"Sem hesitações, sem queixumes, naturalmente como quem
vive a vida, os homens marcham para climas inóspitos e terras distantes a
cumprir o seu dever. O Dever que lhes é ditado pelo coração e pelo fim da Fé e
Patriotismo que os ilumina. Diante desta missão, eu entendo mesmo que não se
devem chorar os mortos. Melhor: Nós havemos
de chorar os mortos se os vivos os não merecerem."
Será que a esmagadora maioria dos portugueses sentiam verdadeiramente estas palavras? pelo que sabemos, definitivamente não. Mas passados mais de cinquenta anos, e para os menos
atentos, é preciso afirmar que este legado continua por aí;
desaparecido a 25 de Abril de 1974, mas por muito pouco tempo, ressurgiu rapidamente,
primeiro com "passinhas" mansas embora bem assertivas (lembram-se! faz agora 40 anos já fazia das
boas aproveitando as hesitações e boas vontades de alguns) e agora já
em todo o seu esplendor, com “passos”
bem largos. A não
esquecer!
Num outro plano oposto, a 12 de Agosto de 1984, Carlos Lopes daria a Portugal a 1.ª Medalha de Ouro em Jogos Olímpicos, aqui evocada através da reportagem da SIC em 2009. Simplesmente memorável!
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