terça-feira, 27 de outubro de 2015

O Manoel também marcou três...

A propósito do desfecho do dérbi de Domingo é muito justo recordar um outro momento em que o SCP venceu também o SLB por 3-0, só que em Alvalade, numa magnífica tarde dos idos anos setenta do século passado, em que o grande Manoel fez um hat-trick, ditando a eliminação do rival nessa edição da Taça de Portugal. Infelizmente, esta glória do Sporting, que ficou conhecido como “bom” companheiro, ou o “Manoel do ó”, faleceu recentemente, no último dia 17 de Outubro, aos 62 anos, vítima de paragem cardíaca. Houve condolências oficiais e minutos de silêncio, mas aquilo que marca para sempre a memória dos sportinguistas foram os golos marcados por esta glória e, em particular, a tarde de sonho de Março de 1977 quando marcou os tais três golos ao Benfica. Obrigado Manoel!
O Manoel da Silva Costa, de seu nome, nasceu a 14 de Fevereiro de 1953, em Porto Alegre, no Brasil e foi um dos bons avançados brasileiros que passaram pelo Sporting na segunda metade da década de 70 e princípio da década de 80. Manoel passou ainda por equipas como Sp. Braga, Ac. Viseu, Odivelas, Amora ou Almancilense. Quando chegou a Alvalade, já numa fase adiantada da época de 1975-76, veio para substituir o inesquecível Yazalde e isso muito provavelmente condicionou a impressão colectiva sobre a qualidade do seu futebol. Permaneceu no SCP até 1981 onde marcou 57 golos em 151 jogos, contribuindo de forma significativa para a conquista de uma Taça de Portugal (1978) e de um Campeonato Nacional (1980). Este brasileiro não era um jogador dotado da imprevisibilidade de Keita, da técnica surpreendente de Manuel Fernandes ou da magia de Rui Jordão, apesar de ter jogado com todos eles na linha avançada do SCP. 
"Foi um jogador vibrante e explosivo, possante e bravo, intenso como hoje se diz, que colocava uma invulgar energia em cada lance que disputava. Ao contrário do que muitos garantiam, não era tosco e quando tinha a bola sabia bem o que fazer com ela. Jogava com facilidade nas alas e aparecia repentino na grande área onde aplicava o seu remate espontâneo e fortíssimo. Punha a cabeça onde muitos não colocavam o pé.
Fonte: blogue camarote leonino.

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