quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O Outono chegou!

Hoje ocorreu o Equinócio de Outono às 09h20m, momento que marca o início do Outono no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se por 89,81 dias até ao próximo Solstício que ocorre no dia 22 de Dezembro às 04h48m.
Equinócio define-se como o «instante em que o Sol, no seu movimento anual aparente, passa no equador celeste. A palavra de origem latina aequinoctium agrega o nominativo aequus (igual) com o substantivo noctium, genitivo plural de nox (noite). Assim significa “noite igual” (ao dia), pois nestas datas dia e noite têm igual duração, tal é a ideia que permeia a sociedade.»
O site do Observatório Astronómico de Lisboa (http://oal.ul.pt/equinocio-de-outono-2015/)  esclarece sobre a duração do dia igual à noite no dia do Equinócio:
«Sobre a duração igual das noites no equinócio, na realidade, não é bem assim… Os equinócios estão definidos como o instante em que o ponto central do sol passa no equador e, por isso, o centro solar nasce no ponto cardeal Este e põe-se exactamente a Oeste, encontrando-se durante 12 horas acima do horizonte matemático em qualquer lugar da Terra nestes dias.
Contudo este facto não resulta numa duração do dia solar de 12 horas, pois a luz directa no chão surge quando o bordo superior do sol nasce, tal como desaparece no ocaso, e o sol tem um diâmetro aparente de 32′ (minutos de arco). Além disso há refracção atmosférica: quando o bordo superior está no horizonte o centro do sol encontra-se ≈50′ abaixo do horizonte, mais do que o seu diâmetro.
Com estas condições físicas e devido ao movimento da translação terrestre, apenas no dia 26 de Setembro de 2015 haverá 12,00 horas com luz solar directa no solo. Nesse dia o disco solar nasce às 7h 28m e põe-se às 19h 28m em Lisboa, com apenas 10 segundos de desvio às 12h certas.»
Pôr do sol com “flash” verde sobre o extremo do Cabo Linaro e o Castelo de Santa Severa (Roma) à direita. Nesta sequência de 17 poses  realizada por Danilo Pivato em 21 de Junho de 2013, vê-se a parte final da trajectória diurna do sol.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Uma frase de Leonardo...


“Vivemos, não numa época de mudanças…
Mas numa mudança de épocas!” 
(Leonardo da Vinci 1452 - 1519)

terça-feira, 15 de setembro de 2015

250 anos do nascimento de Bocage

Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage nasceu em Setúbal a 15 de Setembro de 1765 (por esse motivo é feriado municipal neste dia), tendo falecido, em Lisboa, a 21 de Dezembro de 1805
Era filho do bacharel José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora, ouvidor, e depois advogado, e de D. Mariana Joaquina Xavier L'Hedois Lustoff du Bocage, cujo pai era o Almirante francês Gil Hedois du Bocage, que chegara a Lisboa em 1704, para reorganizar a Marinha de Guerra Portuguesa. 
Faz hoje 250 anos sobre o seu nascimento, uma data "redonda" que foi assinalada com o hastear da bandeira no edifício da Câmara Municipal de Setúbal, dando assim o"pontapé de saída" de umas comemorações que se vão prolongar por todo o ano na cidade do Sado (não só), com um programa de comemorações que inclui colóquios, cinema, teatro, sessões de poesia e lançamentos de livros, entre outras iniciativas. 
O objectivo é dar a conhecer Bocage, no fundo trazer o poeta para o século XXI, com o intuito de contrariar os estereótipos à sua volta, divulgando e internacionalizando a obra de um poeta que Daniel Pires, presidente de Centro de Estudos Bocageanos, compara a Camões e Pessoa. Nas palavras deste especialista e comissário das comemorações, Bocage foi um "poeta e pessoa da transgressão", e explica que Bocage "transgrediu quer literariamente quer no seu quotidiano, frequentando a boémia, optando pelos valores da revolução francesa, criticando o chamado 'antigo regime' da época e daí ter estado encarcerado várias vezes".
Também a Biblioteca Nacional se vai associar às comemorações, evocando o poeta, o tradutor, o dramaturgo e o cidadão, com a Exposição "Da inquietude à transgressão: eis Bocage…" patente ao público de 17 de Setembro a 31 de Dezembro 2015.
Auto retrato
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.
— Bocage

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Vítor Damas, uma evocação 12 anos depois

Na passagem dos 12 anos do falecimento do Grande Vítor Damas (13/09/2003), o Sporting Memória criou um vídeo com 50 grandes defesas do antigo guarda-redes Sporting Clube de Portugal, uma das maiores Glórias do SCP.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Uma carta sobre outro 11 de Setembro...de 1973

Uma curta dirigida por Ken Loach para o filme 11/11, sobre os atentados de 11 de Setembro de 2011, onde se apresenta a carta aberta de um cidadão chileno que vive em Londres após ser exilado por força da ditadura de Augusto Pinochet, iniciada numa terça-feira, 11 de Setembro de 1973, após o golpe militar que derrubou o governo de esquerda de Salvador Allende. Uma data trágica para o Chile, o dia em que o regime democrático foi derrubado por uma acção conjunta dos militares e outras organizações chilenas, com o apoio do governo dos Estados Unidos e da CIA. 


Allende sempre afirmou que estava a cumprir um mandato dado pelo povo em 1970 e que só sairia do Palácio de La Moneda depois de o cumprir. Ou que o faria "com os pés para diante, num pijama de madeira". Assim aconteceu. O resto é conhecido: milhares de chilenos foram assassinados durante o regime sanguinário de Pinochet.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Breve apontamento sobre as festas do município de Vendas Novas ao longo do tempo

Cinquenta e três anos depois da criação do concelho de Vendas Novas (que pela luz da Constituição da República Portuguesa de Abril se deve chamar município de Vendas Novas) continua o pleno sentido da recordação seguinte: "Foi pelas 15 horas da sexta-feira dia 7 de Setembro de 1962, (...) tocavam as sirenes, replicavam os sinos, estrelajavam os foguetes...as pessoas vinham para a rua festejar uma noticia aguardada há quase 50 anos: a criação do concelho de Vendas Novas..."
Na verdade não foi exactamente assim, pois, num momento inicial, houve até preocupação porque muitas pessoas não sabiam o que se estava a passar com as sirenes e os sinos. Mas passados esses momentos a população veio para a rua festejar, tendo a celebração oficial da criação do concelho sido realizada a 13 e 14 de Outubro de 1962, com uma grandiosa festa no local onde actualmente coexistem o largo da Câmara Municipal e a praça D. Pedro V (parada militar). Tinham, assim, inicio as primeiras festas populares em Vendas Novas relativas à conquista de um novo patamar de autonomia. Mas chegados aqui é bom relembrar aos mais esquecidos, ou que se fazem (porque dá jeito e ao que parece existem por aí tantos esquecidos!), que, sendo certo que a data não mais se deixou de assinalar, as primeiras comemorações oficiais do 7 de Setembro apenas terão lugar onze anos depois, em 1973, quando era Presidente da Câmara Municipal, Manuel Coelho de Oliveira, e que aliás foram muito pobres em actividades, salvando-se os arcos festivos colocados ao longo do troço urbano da EN4. Com a Revolução do 25 de Abril, e a instituição do Poder Local Democrático, as designadas Festas do Concelho ganham a dimensão que hoje conhecemos, com programas diversificados e adaptados a cada momento, percorrendo várias áreas de intervenção e focalizadas na heterogeneidade de públicos, celebrados sempre com muito orgulho no trabalho desenvolvido por todos aqueles que ao longo de décadas lutaram pela nossa emancipação, mas, igualmente por aqueles que nestes 53 anos souberam construir um território melhor para viver. Por várias razões, as comemorações tiveram que mudar de lugar durante alguns anos, mas regressaram ao lugar inicial aquando da comemoração dos 50 anos do município, em 2012, com grandiosa adesão popular e depois de um enorme esforço para que isso acontecesse através do trabalho dedicado de muitos e muitos vendasnovenses. Ao longo dos anos houve programas mais ou menos exuberantes, tal como acontece hoje e, certamente, assim será no futuro. Não é difícil constatar isso num passado muito recente, pelo que não vale a pena construírem-se cenários virtuais sobre uma realidade que não existiu, apenas foi diferente.

domingo, 6 de setembro de 2015

sexta-feira, 4 de setembro de 2015