domingo, 31 de janeiro de 2016

Centenário do nascimento de Vergílio Ferreira

No dia 28 de Janeiro, sexta-feira, de 1916, em Melo, concelho de Gouveia, nasce Vergílio António Ferreira, filho de António Augusto Ferreira e Josefa Ferreira. Um dos grandes escritores do século XX português.


No centenário do seu nascimento a evocação:
"Para sempre. Aqui estou. è uma tarde de Verão, está quente. Tarde de Agosto. Olho-a em volta, na sufocação do calor, na posse final do meu destino. E uma comoção abrupta - sê calmo. Na aprendizagem serena do silêncio. Nada terás que aprender? Nada mais. Tu, e a vida que em ti foi acontecendo. E a que foi acontecendo aos outros - é a História que se diz? abro a porta do quintal..." (inicio de PARA SEMPRE).

Évora 
Vista nocturna de Évora - "Receei o escuro, voltei para a estrada de alcatrão que entra na rua da Lagoa. Cidade deserta, agora realmente deserta. Mas a minha exaltação figurava-a morta desde há séculos." (APARIÇÃO).

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

wonderful live

Colin Vearncombe, conhecido como Black, ficou famoso com o tema "Wonderful life", no final dos anos 80 partiu esta terça-feira, duas semanas após um acidente de viação que o deixou em estado de coma. O cantor britânico tinha 53 anos.


Ainda esta terça-feira terminou a wonderful live de José Boavida, actor e encenador, depois de um período de coma após uma paragem cardo-respiratória, que aconteceu nos primeiros dias do ano. Tinha apenas 51 anos e muitos projectos pela frente; fica a evocação em duas situações distintas:
- através de uma peça de teatro, por si encenada, da autoria de Miguel Torga,

O Mar / The Sea, Miguel Torga Elenco: José Maria Serafim, Cláudia Mendonça, Sara Felício, Hugo Dias, Teresa Brito, Cláudia Reis, Tânia Martins, Eduardo Salgueiro and Paulo Vahia. Encenação: José Boavida. Música original: Gustavo de Matos Sequeira.
Photography by São Ludovino. Soundtrack: A Noite Passada by Sérgio Godinho - http://www.pflores.com/sergiogodinho/index.php


- e, como mecânico, marido da Alzira, na série Bem-Vindos a Beirais,


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Um mês difícil

Há meses, há dias, em que morrem pessoas que fizeram parte das nossas vidas e dos nossos dias, e que vão continuar a fazer, mesmo sem as conhecermos pessoalmente. Janeiro 2016 tem sido assim: depois de Bowie, ontem Almeida Santos e Glenn Frey, hoje Teotónio Pereira e Scolla. Aqui ficam algumas evocações: 

- O arquitecto Nuno Teotónio Pereira partiu esta quarta-feira aos 93 anos, (completaria os 94 no próximo dia 30), foi uma das mais destacadas personalidades da arquitectura em Portugal – e, possivelmente, o último dos arquitectos modernos, mestre de gerações que com ele colaboraram num quase mítico atelier de Lisboa, publicamente louvado e premiado em sessenta anos de actividade profissional; a partir do fim dos anos 50, também militante incansável na oposição à ditadura, preso mais do que uma vez pela PIDE, torturado e libertado de Caxias depois da Revolução de 25 Abril.


- Ettore Scola (1931-2016) também partiu hoje. O realizador de Tão Amigos Que Nós Éramos, Um Dia Inesquecível e de Feios, Porcos e Maus faleceu em Roma aos 84 anos.


Scola era pouco dado a aparições públicas, e preferia “que se falasse dele o menos possível”. Numa das suas últimas entrevistas, deixava um conselho aos jovens cineastas italianos: “Esqueçam a autobiografia, que é um bicho feio; amem a Itália, não poderão fazer bons filmes se não amarem a Itália”. No fundo um auto retrato, afinal os seus filmes revelam pouco sobre si próprio, mas dizem muito do que a Itália foi nas últimas décadas.

- Glenn Frey, o eterno guitarrista dos Eagles também partiu ontem,

glenn_frey

sábado, 9 de janeiro de 2016

Bowie, aos 69

David Bowie fez ontem 69 anos, marcado pelo lançamento do álbum "Blackstar", o mais recente trabalho de uma longa e inovadora carreira. As críticas têm sido positivas e com referências a uma ruptura em relação aos anteriores. Aqui fica uma amostra:



P.S. Tal como a esmagadora maioria das pessoas, embora nem todas assim o admitam, no dia 08JAN15, quando vi este video pela primeira vez, os meus olhos percorreram caminhos que não são exactamente os mesmos que hoje tomo quando revejo este mesmo video (pós 10JAN15). Partiu de forma "camaleónica" uma das mais interessantes e importantes figuras da música popular universal dos últimos 50 anos. 

sábado, 2 de janeiro de 2016

Utopia...para o Novo Ano

UTOPIA

Na brancura da cal o traço azul
Alentejo é a última utopia.

Todas as aves partem para o sul
todas as aves: como a poesia.

Manuel Alegre. ALENTEJO e NINGUÉM, 3.ª Edição, CAMINHO, Março de 1998


fonte: whotalking.com-who is talking about Alentejo